E Q U I
Clínica de Vertigem e Desequilíbrio Lda

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Lisboa

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O que são Vertigens?

O que é o Equilíbrio?

O que é a Reeducação Vestibular?

Técnicas e Estratégias de Reeducação

Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)

Nevrite Vestibular

Doença de Menière

Vertigens Psicogénicas

Conselhos aos Doentes


Nevrite Vestibular


     A nevrite (ou neuronite) vestibular é outra causa frequente de vertigem e talvez aquela que mais vezes leva os doentes aos Serviços de Urgência dos Hospitais. Resulta de um défice vestibular unilateral ou seja de falência da informação proveniente do labirinto de um dos lados, de instalação brusca. Ocorre habitualmente em episódio único.

     Os doentes costumam queixar-se de vertigens com início brusco, cuja intensidade vai aumentando rapidamente, de modo que são obrigados a deitar-se ao fim de pouco tempo – entre os 15 e 30 minutos, após o início. Ficam de olhos fechados, evitam qualquer movimento da cabeça, sofrem vómitos persistentes. As vertigens são rotatórias e, se os doentes tentam levantar-se, agravam-se. Acompanham-se também de desequilíbrio pronunciado, que os impossibilita de caminhar.

     Na maior parte dos casos, após um período inicial incapacitante de 2-3 dias, as queixas atenuam-se. A recuperação é tanto mais rápida e completa quanto mais jovem for o doente, quanto mais depressa iniciar a sua mobilização e tiver informação visual.

     Porém, a reabilitação dos doentes nem sempre é satisfatória, persistindo, por vezes durante vários meses ou anos, desequilíbrio de grau variável: ilusões de deslocamento durante as acelerações e desacelerações (como sucede nas viagens de ascensor e nas travagens de automóvel); dificuldade na marcha (como se o doente estivesse embriagado) ou se fosse empurrado para um dos lados; desequilíbrio ao rodar bruscamente a cabeça ou durante a marcha sentir os objectos circundantes mexerem ou notar inclinação do campo visual e sensação de queda ou de elevação do corpo, consoante a posição da cabeça.

     A nevrite ocorre em indivíduos de aparente saúde ou que relatam, nos dias anteriores, um episódio de infecção viral, sobretudo respiratória.

     Frequentemente identificam-se vários casos numa determinada época, o que sugere surto epidémico. Não há queixas de surdez ou acufenos, nem antecedentes neurológicos.

     Em virtude de diversas controvérsias relativas ao reconhecimento da nevrite vestibular, há necessidade de estabelecer critérios de diagnóstico. Consideramos típico da nevrite:
  • acesso vertiginoso único com uma duração de vários dias (queixa principal)
  • défice vestibular unilateral (em exame vestibular sob Electronistagmografia ou Videonistagmografia verifica-se uma franca assimetria nas respostas dos dois ouvidos à estimulação calórica)
  • ausência de significativas alterações cocleares (ou seja relacionadas com a audição)
  • ausência de alterações do sistema nervoso central
  • inexistência de qualquer outra doença concomitante causadora de vertigem
     Todos os tranquilizantes e vestíbulo-depressores atrasam o processo de compensação vestibular pelo que devem ser evitados. A mobilização precoce do doente tem importância decisiva para a sua total recuperação. Se o doente já não for jovem, ficar acamado, às escuras, sem se mexer, corre o risco de ficar a sofrer de desequilíbrio ou de instabilidade permanentes.

     Nos doentes em que persiste desequilíbrio ou vertigem 3-4 semanas após o início do quadro, é necessária RV. Esta visa estabilizar o olhar e a postura.

     Consulte os Conselhos aos Doentes para mais informações.